O trabalho exige cada vez mais do nosso tempo e, para compensar a ausência em casa alguns pais acabam cedendo às vontades dos filhos. Com a valorização da infância como fase crucial para o desenvolvimento humano, muitos pais sentem medo de traumatizar os filhos e acabam não impondo limites, superprotegendo-os.
É na escola que o mundo real entra em cena e os problemas das crianças superprotegidas aparecem. Excesso de cuidados, permissividade demais, falta de limites, de rotinas diárias, de valores morais e éticos, são algumas atitudes que podem trazer problemas no processo de ensino-aprendizagem, insegurança, dificuldades de relacionamento, dificuldades de cumprir regras, entre outros.
Um exemplo para isso são as crianças que não cumprem os combinados da escola, como trazer brinquedos somente às sextas-feiras ou vir de uniforme todos os dias. A mãe na porta da sala diz para a professora que o aluno não quis colocar o uniforme e para que ele não chorasse permitiu que viesse sem. Com essa atitude a mãe acaba cedendo aos desejos do filho, mesmo que tenha que burlar uma regra da escola.
Por meio de situações como essas, a criança aprende erroneamente que pode fazer tudo da maneira que quiser. Não podemos perder o rumo central da educação, pois é através de pequenas atitudes que gradativamente vamos inserindo limites e as regras necessárias para que nossas crianças cresçam com autonomia e consigam enfrentar os obstáculos da vida adulta e alcançar o sucesso.
